É sabido que o pássaro quando adoece
dificilmente se torna são novamente, sucumbindo à doença num espaço de tempo que
poderá variar conforme o estado e a moléstia que o mesmo apresentar.
Assim sendo, o criador
deverá se ater aos mínimos detalhes para perceber qualquer anormalidade, não
bastante, apenas, os cuidados ligados a alimentação e limpeza.
Para tanto, deve-se ter um calendário
que poderá ser assim seguido:
1) JANEIRO A
MARÇO
Nesta época, coloca-se os
pássaros adultos na muda em voadeiras em número compatível ao espaço destinado,
ou seja, numa voadeira medindo 1,00m x 0,50m x 0,35 m a população deve ser, no
máximo 17 para canários de cor e 13 para canários de porte. Com isto, forma-se
uma comunidade homogênea, evitando-se problemas de competição por espaço e
alimentação, permitindo que as matrizes se recuperem do “stress”do período de
cria, realizando uma muda completa.
Há de se ressaltar que é
necessário aguardar o canário entrar realmente na muda de penas, valendo tanto
para os machos como para as fêmeas, pois, aquele que não estiver neste estágio
acabará por importunar os demais, muitas vezes, até, agressivamente.
Tomar atenção para o
pássaro que mesmo nestas condições não se adequar ao ambiente. Será de bom grado
deixa-lo em gaiola individual.
Ao mesmo tempo, retira-se das voadeiras
e coloca-se nas criadeiras de medidas 0,65m x 0,27m x 0,25m os filhotes que
começarem a obter destaque junto aos demais, em número nunca superior a quatro
por gaiola, com o objetivo de uma melhor preparação destes com vista a exposição
futura.
Com esta medida,
facilita-se o cuidado especial que deve ser dado a estes filhotes, seja para uma
participação em campeonato ou sua preparação a um novo período de cria. O
canário se torna mais calmo, em conseqüência, a quebra das pontas das penas das
asas e caudas é sensivelmente menor.
No tocante às penas, os
canários com fator vermelho devem tê-las das asas e caudas arrancadas de maneira
alternada para surgirem outras, novas, devidamente carophiladas.
2) ABRIL A
JUNHO
Neste período, os adultos
que estavam em muda, particularmente os machos, começam a ficar novamente
agressivos. É preciso que sejam apartados e colocados em gaiola individual tipo
exposição, medindo 0,40m x 0,20m x 0,25m. As fêmeas podem continuar nas
voadeiras, respeitando-se o número de 17 para canários de cor e 13 para canários
de porte em cada um.
Desta forma, os machos se
tornam mais fogosos e as fêmeas terão tempo suficiente para voarem, adquirindo
uma forma saudável, visando uma nova temporada de cria.
3) JULHO A
DEZEMBRO
Terminando a exposição, os
canários que retornem e aqueles novos, adquiridos para completarem o plantel,
deverão ficar de quarentena por 15 dias.
Durante este tempo,
observa-se se os pássaros saudáveis, sem qualquer enfermidade, deixando-lhes
alimentação farta para recuperação e adaptação ao criadouro.
Antes do início dos
acasalamentos é recomendável o uso de antibióticos para evitar qualquer moléstia
durante a época de cria, complementados por um complexo vitamínico, com o
objetivo de deixa-los no ápice de seu vigor.
Também é de muita valia,
corta-lhes as unhas e as penas da cloaca para a copulação ser perfeita.
Uma vez acasalados, deixar
à disposição das fêmeas muito material para a confecção do ninho, como algodão e
estopa, preservando o macho do incômodo de ter suas penas arrancadas pela
companheira. Em tempo, assim que os filhotes saltarem do ninho, a mãe tornará
novamente a ninhar e, também para preserva-los do arranque de penas,
imediatamente coloque estopa e algodão em grande quantidade.
A idade ideal para separar
os filhotes dos pais está entre 35 a 40 dias. Atenção redobrada, certificando-se
que eles realmente se alimentam sozinhos, evitando-se a morte dos mais
preguiçosos.
Além deste calendário, o criador precisará ter atenção à alimentação e profilaxia dos pássaros.
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