Stella Maris Benez
Revista CPCCF-Junho-2001
Arquivo Editado em 18/09/2001
Revista CPCCF-Junho-2001
Arquivo Editado em 18/09/2001
INCUBAÇÃO NATURAL
Nascidos os filhotes em
incubação natural, devemos verificar todos os dias se a fêmea os está tratando e
alimentando. Caso não estejam sendo tratados podemos passá-los para uma ama-seca
da mesma espécie, ou espécies diferentes, desde que seja comprovada sua atuação
como mãe. Um bom exemplo são as fêmeas de manom. Podemos manter estes filhotes
na forma manual, fornecendo alimento caseiro ou comercial, sempre balanceados, 5
a 6 vezes ao dia. O filhote criado artificialmente deve receber alimentação
muito boa, caso contrário seu desenvolvimento será menor que aqueles criados
pelos pais ou ama-seca. Todos estes cuidados devem ser previstos antes do início
da reprodução, para que não haja falha durante o processo.
Quando um filhote deixa de ser alimentado, é jogado para fora do ninho, ou após a troca para ama-seca, pode se apresentar frio, desidratado, com hiportemia, e dificilmente pede comida. Filhote que não pede alimento, os pais deixam de tratar. O filhote ainda com os pais deve receber glicose no bico e soro (utilizar agulhas de insulina), até que se restabeleça a saúde, e peça alimento. Caso não esteja sendo tratado, devemos aquecê-lo em lâmpada ou bolsa de água quente, e alimentá-lo com soro e glicose inicialmente, passando para o alimento em forma de papa. Muito cuidado para não asfixiar o filhote com líquidos ou excesso de alimento de uma vez. Use colheres de tamanhos compatíveis com o pequeno bico do filhote.
As aves com 20 a 30 dias de vida não controlam a temperatura corpórea, pois o sistema termorregulador ainda estão em desenvolvimento. O empenamento nesta fase está quase totalmente formado, mas ainda auxilia pouco no aquecimento da ave. Todo este acompanhamento dos filhotes segue procedimentos básicos que devem ser esperados a qualquer momento, Estes procedimentos são definidos na dependência de cada problema. Algumas atuações de emergência realizadas nos filhotes são:
Quando um filhote deixa de ser alimentado, é jogado para fora do ninho, ou após a troca para ama-seca, pode se apresentar frio, desidratado, com hiportemia, e dificilmente pede comida. Filhote que não pede alimento, os pais deixam de tratar. O filhote ainda com os pais deve receber glicose no bico e soro (utilizar agulhas de insulina), até que se restabeleça a saúde, e peça alimento. Caso não esteja sendo tratado, devemos aquecê-lo em lâmpada ou bolsa de água quente, e alimentá-lo com soro e glicose inicialmente, passando para o alimento em forma de papa. Muito cuidado para não asfixiar o filhote com líquidos ou excesso de alimento de uma vez. Use colheres de tamanhos compatíveis com o pequeno bico do filhote.
As aves com 20 a 30 dias de vida não controlam a temperatura corpórea, pois o sistema termorregulador ainda estão em desenvolvimento. O empenamento nesta fase está quase totalmente formado, mas ainda auxilia pouco no aquecimento da ave. Todo este acompanhamento dos filhotes segue procedimentos básicos que devem ser esperados a qualquer momento, Estes procedimentos são definidos na dependência de cada problema. Algumas atuações de emergência realizadas nos filhotes são:
1. Hipotermia: Os
filhotes tornam-se frios, com pequena ou nenhuma movimentação, com pouca reação
ao estímulo de alimentação, respiração lenta, cabeça caída. Podemos utilizar
diversas formas de aquecimento: lâmpadas de 15 a 40 w, tendo-se o cuidado de não
deixar ao alcance das aves para não se queimarem por contacto. Gaiolas
aquecidas, ou bolsa de água quente (a temperatura da bolsa ideal deve ser
testada colocando em contacto com o dorso da mão de uma pessoa, sem sentir
ardor); ou mesmo aquecedores podem ser usados. Procure manter a temperatura
local entre 35 a 37 0 C. Caso a temperatura fique muito alta o filhote se afasta
da fonte de aquecimento, e torna-se ofegante. Existem lâmpadas com vidro fosco
para que o seu brilho não ofusque os olhos dos pequeninos, principalmente em
aves que já nascem de olhos abertos, como o caso de galináceos, cracídeos e
tinamídeos, e outros.
2. Desidratação: A ave
desidratada mantém a pele seca e repuxada, a penugem seca em volume, respiração
cansada. Soluções de soro por via oral poderão ser administradas com muito
cuidado para não afogar o filhote. O soro caseiro ou soro comercial pode ser
administrado no voluma adequado, sendo diluído diariamente, e fornecido a cada 1
½ hora. O soro caseiro para aves deve ser feito na dose de 1 colher de café rasa
de sal, 2 colheres de chá de açúcar em 1 copo de 200 ml de água filtrada. Os
soros comerciais ideais são os recomendados.
3. Alimentação: Os
filhotes geralmente necessitam de uma alimentação com níveis de 24% de proteína.
As características dos alimentos devem ser: consistência macia, de fácil
digestão, paladar apetitoso, geralmente encontradas em casas comerciais para
animais são alimentos especializados para filhotes no ninho. As aves do tipo
passeriformes pedem alimento várias vezes ao dia, na dependência da facilidade
da digestão, da qualidade e da quantidade de alimento ingeridos em cada
refeição. Algumas aves de porte maior, podem ser alimentadas através de tubo
macio e flexível introduzido até o papo, cujo volume a ser administrado
dependerá da espécie.
Teoricamente um filhote
de ave que não se alimentasse por 6 horas ficaria muito mal. Na prática, aves
deixadas com pais displicentes, tem sobrevivido após adotarmos todos os cuidados
posteriormente de hidratação, aquecimento e alimentação. Na primeira semana a
ave possui ainda a reserva do saco vitelínico, que o auxilia na sua nutrição até
7 dias.
Outro problema na
alimentação de filhotes são as formas de administração. Devemos usar colheres
com a concha adaptada para cada tamanho de ave, e o cabo longo adaptado à mão
dos tratadores, de forma que não haja risco de escorregarem e serem engolidas,
principalmente por araras, e tucanos. Aconselhamos que usem colheres de material
descartável, ou resistente, que possam ficar de molho em solução de cloro após
alimentar cada ave, ou cada ninhada. Usar várias colheres, pois terão um tempo
para serem desinfetadas antes de serem reutilizadas, evitando-se assim a
propagação de doenças transmitidas pela saliva. Prepare o alimento dos filhotes.
Retire o volume utilizado para alimentar cada filhote ou ninhada e coloque em um
copo pequeno, deixando o restante em repouso em local seco e fresco. Assim que
terminar de alimentar esta ave, descarte a colher e o copo em solução de cloro,
utilize uma nova dupla de utensílios par a outra ave ou ninhada. No mercado
existem colheres plásticas pequeninas, usadas para mexer café. Podemos
substituir este copo descartável, distribuindo pequeninas porções de alimento ao
redor de um pires amplo, sem misturá-los.
CUIDADOS PEDIÁTRICOS
Uma ação que estimula a fêmea e/ou o macho a alimentar seu filhote são os piados que estes emitem até estar saciado pelo alimento. Quando o filhote não pede este alimento, podemos tirar algumas conclusões:
Uma ação que estimula a fêmea e/ou o macho a alimentar seu filhote são os piados que estes emitem até estar saciado pelo alimento. Quando o filhote não pede este alimento, podemos tirar algumas conclusões:
Imaturidade da fêmea
como mãe;
Existe doença na fêmea
ou no filhote;
Alguma deformidade
física do filhote;
Ambiente estressante
(ruídos, pessoas estranhas, animais estranhos, etc);
Falta do macho, que
muitas vezes auxilia no trato;
Ninho errado, em forma,
ventilação, luz, material para construção;
A fêmea tenta estimular
o filhote, quando este não responde, ela simplesmente o elimina bicando ou
jogando para fora do ninho. Ás vezes encontramos filhotes mortos amassados
dentro do ninho, junto com os filhotes vivos, sem que com isto a fêmea fique
incomodada.
Nestes casos de fraqueza
do filhote devemos aquecê-los com uma bolsa de água quente coberta por uma
toalha (teste a temperatura da bolsa no dorso da mão). Dê o medicamento
diretamente no bico usando agulha de insulina. A, glicose a 25% é fornecida na
dose de 2 gotas de 11/2 e 1 ½ hora, ou menor tempo. Quando tiver alguma reação,
tentar devolvê-lo para o ninho. Fique alerta, pois caso a mãe rejeite novamente
o filho, ela pode até matá-lo. Neste caso de rejeição podemos colocá-lo em uma
ave ama-seca, ou da mesma espécie ou espécie diferente, que esteja em
reprodução, com as características físicas desta época. Muitas vezes temos que
ajudar a ama-seca ou a mãe nova a alimentar o filhote com papinha própria, cujos
nutrientes são formulados para filhotes, o que consome muito tempo e trabalho.
Alguns casos em que os
pais não tratam bem os filhotes, estes poderão permanecer nos ninhos, assim
apenas auxiliamos a alimentação algumas vezes ao dia. Este método faz com que o
filhote receba alimentos também dos pais, fornecendo anticorpos, e enzimas
digestivas. Estes casos geram filhote mais fortes do que aqueles criados apenas
artificialmente. No Caso do filhote já ter saído do ninho, mas não se alimentar
direito, separe a gaiola, coloque poleiros próximos da divisória dos dois lados
e observe, os pais continuam tratando os filhotes, mas sem que estes invadam seu
espaço.
O filhote somente
alimentado artificialmente deve permanecer em local ou gaiola aquecidos, por
duas lâmpadas de 40W de feixe fosco, mantendo 370C, e tomando-se o cuidado para
não ter chance de encostar na lâmpada. Esta tarefa ocupa muito tempo e
dedicação. Dependendo da espécie terá de ser alimentado de 2 a 4 horas por dia.
Quando as aves são muito jovens, este período deve ser reduzido de 1 em 1 hora e
as temperaturas deverão ser de 32-350C. No caso de beija-flores o período de
alimentação pode chegar até 30 em 30 minutos. O alimento deve ser servido sempre
morno.
Enquanto o filhote come devemos limpar o alimento que gruda na apenas antes que resseque. Limpar a região da boca do filhote com cotonetes, para não acumular e fermentar esta comida até a próxima refeição.
Enquanto o filhote come devemos limpar o alimento que gruda na apenas antes que resseque. Limpar a região da boca do filhote com cotonetes, para não acumular e fermentar esta comida até a próxima refeição.
O alimento próprio para
filhotes, pode ser encontrado em grandes magazines de alimentos para animais, ou
então preparado em casa. Fazer uma farinha com a mistura de: 60% de milharina
(farinha de milho p’re cozida e fina), 30% de Neston (produto floculado com
cereais: aveia, cevada e trigo, adoçado), 10% de leite em pó.
Esta farinha pode ser
armazenada, sempre em local fresco e seco. Na hora de preparar o alimento,
misture:
3 colheres de farinhada,
1 gema cozida, papinha de frutas ou vitamina de frutas até dar a consistência
boa para cada filhote.
Acrescente 1 gota de
suplementos vitamínicos (Protovit infantil) 3 vezes por semana, 1 ou 2 gotas de
Calcigenol por dia.
Fazer o alimento todos
os dias na primeira refeição e guardar em geladeira. Após a mistura com frutas e
ovos, este alimento não pode ser armazenado em geladeira por mais de 18 horas.
Quanto às doenças, são
muito variadas nesta fase da vida. Alguns criadores utilizam antibióticos e
antifúngicos para prevenir. Nós não recomendamos, pois desde que os pais tenham
recebido manejo e alimentação adequados, imunizados e controlados para doenças e
parasitas, os filhotes continuarem recebendo cuidados especiais, este não
precisará de medicamentos para viver. Todo criador que mantém estas normas
básicas de criação e manejo, não utiliza antibióticos nesta fase de filhotes. Os
órgãos das aves estão em maturação e podemos afetá-los irremediavelmente,
principalmente no que diz respeito à reprodução futura. O ideal é procurar
orientação ao sinal de qualquer sintoma anormal, que pode ser digestão difícil,
diarréia, perda de apetite, sonolência, etc.
Muito bom
ResponderExcluirentão assim que os filhotes nascem só é preciso uma alimentação balanceada, e o resto é com seus pais?
ResponderExcluirnão preciso dar nenhum remédio especifico?
sou novato no assunto com canario,a femea colocou 7 ovos tenho que retirar o macho da gaiola, o que faço?
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