4 de nov. de 2011

TÉCNICAS PARA LAVAR CANÁRIOS


Permitir um banho regular, durante todo o ano aos pássaros de gaiola e de viveiros, é uma norma que deve cumprir um bom criador. Necessita-se de fornecer condições para que todos os pássaros criados possam efetuar os seus banhos diários. Os pássaros gostam de banhar-se diariamente também durante o outono e o inverno, em água limpa. COMO LAVAR OS PÁSSAROS QUE SERÃO EXPOSTOS EM CONCURSO OU EXPOSIÇÃO:
Quando se prepara os pássaros que devem ser expostos, o criador não só deverá preventivamente treinar-lhes a exibirem-se sem temor, mas como também deverá certificar-se que a plumagem seja imaculada, sem penas sujas especialmente em volta do pescoço e na cauda, partes da plumagem que se sujam mais facilmente. Normalmente a “lavagem manual” é feita uma semana antes do dia do concurso ou exposição. Para lavar os pássaros deve-se preventivamente munir-se dos seguintes preparos:

- 3 ou 4 recipientes de ½ litro de água, mas o ideal seria em água corrente em filete e morna se possível;
- Um shampoo neutro para criança, tipo que não irrite os olhos (ex: “Johnson”);
- Uma garrafa de vinagre de maçã de boa qualidade;
- Um recipiente contendo glicerina;
- Um pincel de barba de pêlos muito fofo ( melhor dois pincéis) e uma escova de dentes macia em forma de triângulo, para lavar a cabeça;
- Um recipiente contendo sabão neutro de boa qualidade;
- Papel toalha bem absorvente;
- Uma esponja natural, muito macia (não de plástico);
- Alguns cotonetes (dos utilizados para limpeza de ouvidos humanos).
- Além disso é necessário secar-se a plumagem e para tanto pode-se usar:
- Uma fonte de calor (observar para não haver alterações quanto a oxigenação);
- Ou um local (diferente do de criação) bem quente, com temperatura acima de 23ºC.
Deve-se ter PRECISÃO, PROTEÇÃO e DELICADEZA. Com estes “ingredientes”, uma boa prática conferirá gradualmente aquela experiência que permitirá lavar, em uma hora, uma dúzia de pássaros para concurso ou exposição.
Procedimento:
Um local quente (bem fechado, para evitar qualquer perigo de corrente de ar) pode conter um número elevado de pássaros molhados. É necessário evitar-se uma secagem muito rápida, ou seja, um calor excessivo que facilitaria uma plumagem desarrumada e antiestética que podem perdurar por várias semanas: ao contrário, uma secagem muito lenta (gaiola muito distante da fonte de calor) coloca em perigo o pássaro que, pela queda de temperatura pode ser acometido de todas as complicações que se pode facilmente imaginar.
Os canhotos seguram o pássaro com a mão direita; a maioria dos destros, seguram com a mão esquerda, delicadamente, mantendo o polegar e o indicador em volta do pescoço, sobre o ombro, no sentido de evitar que a cabeça possa sair, com consequente fuga.
No primeiro recipiente coloca-se água morna com um pouco de shampoo; emerge-se o pincel de barba ou escova de dente e, delicadamente, manejando o pássaro na mão, se esfrega toda a plumagem sempre na direcção cabeça-cauda (ou seja, na direção da pena e NUNCA ao contrário). Pode-se também lavar em água morna e corrente, saindo apenas um filete é mais rápido e higiénico. Com um bastonete, embebido em água com shampoo, limpa-se a cabeça, face e pescoço do pássaro, tendo-se cuidado para que a água não atinja o bico ou os olhos (mesmo um baby-shampoo irrita os delicados olhos dos pássaros). Colocar bem a cauda na água com shampoo e lavar, junto as asas mantidas abertas, com o pincel de barba ou escova de dente macia.
Primeiramente lava-se a cabeça, a nuca, depois o dorso, os ombros, as asas (as asas são abertas e colocadas entre o indicador e o polegar da mão esquerda ou da direita quando se é canhoto e, com a outra mão, através do pincel de barbear, lavam-se as asas, sobretudo nas extremidades onde há mais sujeiras), o uropígio e a cauda. Depois, delicadamente, põe-se o pássaro com o ventre para cima e, sempre seguindo a direcção da plumagem (cabeça-cauda), são lavadas as partes inferiores, começando pela face, pescoço, peito, abdómen, subcauda e a raiz da parte inferior da cauda. Porém, para os exemplares mais irrequietos, deve-se lavar inicialmente o corpo, deixando-se por último a cabeça; deste modo o pássaro ficará mais tranquilo e não se debaterá durante a lavagem da cabeça. Nenhum pássaro gosta de ser colocado de “barriga pra cima” e, sobretudo os mais irrequietos, debatendo-se, podem fugir da mão; porém é possível controlar-se seus movimentos colocando-se o polegar e o indicador (formando um pequeno anel) entre a cabeça e o ombro, controlando o seu fechamento para evitar a saída da cabeça.
Como lavar a cabeça e o topete:
Nos exemplares com topete (tipo GLOSTER CORONA, CREST etc.) arruma-se delicadamente as penas, a partir do centro do topete (“coroa”) ajustando-as e, com a extremidade do bastonete embebido em água e shampoo, esfregar na direção da pena, estando muito atento para não arrancar nenhuma pena durante a operação. A esta altura, passando-se delicadamente um dedo da mão sobre a plumagem molhada, sempre em direção da cabeça-cauda, faz-se escorrer a maior quantidade de água e shampoo. O pincel de barbear, em um recipiente contendo água pura colocada à parte, é bem lavado e espremido; depois passa-se sobre sabão neutro e depois é molhado; depois repassa-se sobre toda sobre toda a plumagem do corpo do pássaro do mesmo modo já descrito. Se o pássaro não estava muito sujo, a utilização de sabão neutro pode ser evitada.
O reenxaguo:
Após o ensaboamento deve-se fazer o reenxaguo do pássaro. Esta operação é importante na lavagem com shampoo, porque cada traço de sabão deve ser removido para se obter um perfeito resultado final. No segundo recipiente, contendo água pura morna, imerge-se todo o corpo do pássaro (obviamente com excepção da cabeça); abrem-se as asas e a cauda; através da outra mão recolhe-se água pura e lava-se delicadamente o pássaro.
No terceiro recipiente é colocada água morna, na qual é adicionada: ou uma colher das de café de GLICERINA; ou uma colher das de café de um bom VINAGRE de maçã ou uva. A GLICERINA favorece a formação de uma plumagem elástica, muito macia, sedosa, vaporosa e mais cheia e é, assim, indicada para aqueles pássaros que devem exibir este tipo de plumagem (ex: NORWICH, GLOSTER, FRISADOS etc). Pode-se juntar à glicerina algumas gotas de limão que neutralizam traços de sabão. O VINAGRE, ao contrário, favorece uma plumagem brilhante e aderente; de tal modo é indicado para exemplares cujo standard prevê este tipo de plumagem (ex: SCOTCH, BOSSU, HOSO, PERIQUITOS ONDULADOS, espécies indígenas e exóticas de “tipo silvestre” etc.). Utiliza-se uma colher de glicerina (com 20 gotas de limão) ou de vinagre para cada litro de água.
Antes de soltar o canário na gaiola de secagem enxugue-o bem e depois deixe-o por alguns minutos enrolado na toalha para que esta absorva alguma parte da água das penas.

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