30 de jun. de 2012

DESINFECÇÃO TOTAL DO CRIADOURO

João Francisco Basile da Silva

Utilizar SAIS QUARTENÁRIO DE AMONIA em solução, obedecendo as instruções do fabricante; SOLUÇÃO DE CLORO ou BIOCID.

DESINFECÇÃO PARA AS PARTES EXTERNAS DO CRIADOURO: Misturar: 50 ml de creolina, 2,0 Kg de cal ou cloro, 10 ml de BIOCID para 10 litros de água.

PARA O PISO DO CRIADOURO, GAIOLAS. ÁGUA DE BEBER E VERDURAS: Utilizar solução de BIOCID, seguindo instruções da embalagem. Na higienização do piso e paredes do criadouro, lavar com água e sabão. Após o enxague e secagem, aplicar solução de BIOCID e, quando estiver completamente seco, aplicar K-OBIOL ou K-OTHRINE em pó.

PARA OS EQUIPAMENTOS: Tudo o que é usado na criação, como bebedouro, bacias, puleiros, peneiras, etc... deve ser desinfetado periodicamente. Por exemplo, uma peneira usada no preparo da farinhada, por mais limpa que aparentemente esteja, contém resíduos ricos em nutrientes que darão origem ao desenvolvimento das mais diversas bactérias e fungos, devendo, portanto, assim como os demais utensílios e acessórios, ser desinfectada uma vez por semana.

BEBEDOUROS: Além da troca diária da água, devem ser desinfetados uma vez por semana, permanecendo de molho numa solução de água com cloro por 8 horas, na seguinte proporção: cloro líquido 10 ml / 5 lt de água - cloro em pó (granulado) 1 g / 10 l de água. Para tal procecedimento, é aconselhavel 2 jogos de bebedouros.

POLEIROS: Deverão ser raspados pelo menos uma vez por mês e colocados numa solução, conforme indicação para os bebedouros. Depois da desinfecção, os poleiros deverão ser secados no forno (normal ou microondas) para eliminação da umidade concentrada no centro da madeira, que passará para os pés dos pássaros quando estes permanecerem estáticos durante a noite, podendo ocasionar o aparecimento de fungos. No microondas o tempo poderá ser de 5 minutos aproximadamente (citado apenas como referência). Tal como os bebedouros, é necessário poleiros de reserva.

GRADES: Após lavagem com água e sabão, devem ser imersas em solução de cloro ou BIOCID durante 7/8 horas. O segundo produto é mais eficiente.

NINHOS: A parte plástica é de fácil desinfecção, procedendo-se como o indicado para os bebedouros e poleiros. O forro (de corda, crochê, etc.), entretanto, é a parte que requer maior atenção, devendo, após a lavagem normal e secagem ao sol, ser desinfetado e levado ao forno. Usa-se o BIOCID para a desinfecção. O ideal seria que fossem usados forros descartáveis. A estopa cortada em círculo e presa no fundo da parte plástica por um percevejo de centro para fora é aconselhável.

O saco de estopa, fornecido aos pássaros para a feitura dos ninhos, também deve ser desinfetado. O melhor método é o da fervura. após a secagem, passar a ferro para facilitar no momento do corte. Lembramos que os forros de corda não são aconselháveis devido à dificil limpeza e desinfecção total. Toda vez que o forro for colocado, deverá ser polvilhado com K-OBIOL ou K-OTHRINE para evitar o aparecimento de piolho. A fêmea ao se acomodar no ninho espalhará o pó. Quando esta coçar o ouvido seguidamente estará tentando expulsar os piolhos, que em desespero se esconderam do veneno.

HIGIÊNE PESSOAL: Para a lavagem das mãos recomenda-se o sabonete de limpeza PROTEX, que é bactericida. A limpeza das mãos, membros, sola do sapato, etc... são fundamentais, principalmente após a manipulação de pássaros doentes ou mortos, visitas a outros criadouros e exposições de animais, etc... Separar ou eliminar imediatamente os pássaros doentes ou irrecuperáveis é inevitável. Embora isto pareça cruel, deve-se ponderar que a saúde do plantel é o mais importante.

Outro incoveniente, notado em alguns criadouros, é a colocação de embalagens de ovos de galinha nas proximidades dos pássaros. Essas embalagens poderão, na maioria das vezes ser veículos de bactérias, pois provém de condições pouco recomendáveis.

OVOS: Deverão ser cozidos por 20 minutos para que se livrem totalmente de possivéis bactérias. As cascas serão de grande valia para o fornecimento de cálcio para os pássaros. Devem ser administrados após trituração e mistura com areia esterilizada.

VAZIO SANITÁRIO: Consiste na desinfecção do criadouro uma vez por ano, retirando tudo do local (inclusive os pássaros) durante um mês, para quebrar o ciclo bacteriológico. Este é um procedimento de dificil execução, uma vez que a maioria dos criadores não dispõe de 2 compartimentos para separar os pássaros.

28 de jun. de 2012

CICLO COMPORTAMENTAL DO INICIANTE CANARICULTOR

CONTACTO É a primeira fase, que ocorre entre amigos e em exposições; nestas oportunidades se dá a apreciação do belo, visual e auditivo, dos canários e surge o encantamento o que é natural dada à sensibilidade positiva de que são dotadas as pessoas. Daí, normalmente resulta a aquisição de um casal ou mais.


2. EMPOLGAÇÃO É a fase seguinte, que vem num crescendo muito forte, alimentado pela expectativa de realizar, coincide com o período de reprodução e o “novo criador” observa a preparação do ninho pela fêmea, o macho fornecendo-lhe alimentação no bico, a postura, o choco e o nascimento dos filhotes, alguns bons, outros não, mais isto não importa no momento, a euforia fica por conta do fato apenas. Por pouca que seja a qualidade dos descendentes, o simples sentimento de “ter conseguido” é bastante para o iniciante. Esta qualidade para ele é uma questão de aprimoramento, de que se vai cuidar depois.



3. CANSAÇO Verifica-se este fenômeno no período da muda de penas, quando a única coisa que acontece no canaril é que os pássaros enfeiam, o canto cessa e muitas penas terão que ser varridas. Neste ínterim, falta ao estreante o fator “animação”, pois ele só tem pressa e quer ver logo os resultados, pássaros bonitos, ativos e canoros, o que culmina apenas após a mocidade das aves. É o período em que a maioria dos criadores jovens acaba desistindo, indício de que é o momento em que o canaricultor precisa de descanso, gozar férias, viajar, respirar novos ares, etc.



4. REINÍCIO O canaricultor está dentro de cada um de nós; às vezes adormece, mas sempre desperta outra vez. E lá se vai nosso amigo em busca de novos casais para recomeçar sua criação. Até que o estreante aprenda a dar o devido tempo a cada fase, esta agitação será constante, pois, como já dissemos, ele quer resultados imediatos; aos poucos, porém, ele vai dominando esta intranqüilidade e vai acomodando o lado racional da atividade na medida em que aprende que as regras da natureza precisam ser respeitadas. Isto o fará tornar-se paciente e observador, levando-o a melhor cuidar de seus canários e, então, começa a colher aqueles resultados antes pretendidos às pressas; ele mesmo, quando amadurecido, entenderá isto perfeitamente. Paciência, dedicação e perseverança são os requisitos essenciais para o criador. O contato com as sociedades de canaricultura resulta, sem dúvida, na melhor orientação.



Conclusão - O sucesso na criação de canários, já o dissemos antes, depende exclusivamente do interesse de cada criador, portanto, a observação destas constatações poderá ser útil àqueles que pretendam decolar a partir de agora.

27 de jun. de 2012

CUIDANDO MELHOR DOS REPRODUTORES


Antonio Ramalho
Lendo o artigo “Manejo de Reprodutores – Novos Métodos” de autoria do companheiro Newton Martelotta, publicado no Boletim nro 9 da OBJO, achamos oportuno tecer maus alguns comentários sobre o confinamento de reprodutores em gaiolões. Estamos de pleno acordo que esse procedimento não é ideal, mesmo que o número de pássaros seja compatível com o espaço livre da voadeira. Na realidade a maioria dos criadores maneja incorretamente os reprodutores no estágio final da temporada de cria, direcionando a manipulação aos filhotes obtidos. Assim, os canários adultos são levados às voadeiras sem quaisquer cuidados, exatamente quando estão mais debilitados pelo estresse natural da estação de cria e em início da muda de penas. Todo criador mais atento já observou que, numa comunidade, alguns pássaros, graças as suas melhores condições físicas e/ou pelo seu “temperamento”, passam a atacar constantemente outros, mais fracos ou “dóceis”, que além de traumatizados fisicamente não conseguem alimentar-se adequadamente e, na maioria das vezes, acabam sucumbindo. Os pássaros com esse tipo de comportamento são chamados pelos europeus de “dominadores” e “dominados”. Esse fato é mais dramático entre os machos adultos, especialmente durante a fase final da muda de penas, quando alguns que já estão mais adiantados e mais fortes, dominam os mais fracos na competição pela alimentação e espaços no gaiolão. Inclusive, entre canários adultos, é comum observar-se que os machos dominados chegam mesmo a ser subjugados sexualmente e acabam desenvolvendo modificações do comportamento sexual, tornando-se, freqüentemente, improdutivos quando acasalados. Entre os filhotes também observa-se o comportamento dominador-dominado e, a simples intervenção do criador, separando em tempo o pássaro dominado, propiciando-lhe tranqüilidade e alimentação adequada, na maioria das vezes, constitui medida suficiente para a sua recuperação. A nossa experiência como criador e expositor, tem mostrado que os filhotes individualizados precocemente, por traumatismos ou debilidade, acabam não só se recuperando, mas também se destacando pelo seu desenvolvimento e qualidade de empenação. Se o pássaro possuir então qualidades potenciais, esse procedimento evidenciará, sem dúvida alguma, todo o seu padrão. Sabemos entretanto que mesmo numa criação de pequeno porte é praticamente inviável a individualização de todos os pássaros, principalmente por problemas de espaço. Assim, é difícil prescindir o uso de voadeiras, mas alguns cuidados precisam ser tomados, além daqueles assinalados pelo Martelotta. Os pássaros adultos devem ser cuidadosamente examinados para avaliação do seu estado geral, decidindo-se então a forma mais conveniente de aloja-los. Deve-se proceder a limpeza dos pés e o corte das unhas, pois temos observado que os problemas dos pés, provavelmente por causarem dor, deixam os pássaros estressados, indispondo-os para a alimentação, resultando muitas vezes, na porta de entrada para a instalação de diversas patologias com maior comprometimento ainda do seu estado físico. Nessa ocasião deve-se também realizar tratamento preventivo ou curativo dos problemas respiratórios e pulverização contra ácaros (e parasitários). Os pássaros devem ser alojados de forma que os mais “fracos” não permaneçam junto com os mais “fortes”,reservando-se a individualização para aqueles que inspirem maiores cuidados. O uso de poleiros individuais evitam a bicagem o que, especialmente entre os mosaicos, é de fundamental importância e, se o número de indivíduos for adequado à área da voadeira, os pássaros, além do espaço necessário para as suas atividades, conseguirão manter-se tranqüilos, não sendo constantemente importunados pelos seus vizinhos. Os filhotes também podem ser alojados inicialmente em voadeiras, observando-se a idade e/ou o estado físico dos mesmos. No início da muda de penas devem ser transferidos para gaiolas de cria, procurando-se alojar no máximo quatro espécimes por gaiolas, considerando sistematicamente os critérios já discutidos. Dessa forma, mesmo a rápida inspeção diária, permitirá identificar os pássaros que estão com problemas, os quais devem ser individualizados para a competente atenção. Se o criador possuir gaiolas individuais, tipo exposição, poderá iniciar a separação dos melhores pássaros destinados aos concursos. Senão, poderá utilizar as próprias gaiolas de criação providas de grade de separação, alojando um pássaro de cada lado, tomando entretanto o cuidado de dispor os poleiros de tal forma que evitam danificar as penas da cauda pelo roçamento constante contra as barras das gaiolas. Evidentemente, essas medidas são do conhecimento da maioria dos criadores, que infelizmente as negligenciam.
Por essa razão voltamos a destaca-las e, quem sabe, com a sua aplicação, muitos criadores possam substituir o desânimo comum da época da muda de penas pela satisfação em acompanhar o desenvolvimento sadio do seu plantel.

CUIDANDO DOS FILHOTES DE CANÁRIOS

Stella Maris Benez
Revista CPCCF-Junho-2001
Arquivo Editado em 18/09/2001

INCUBAÇÃO NATURAL

Nascidos os filhotes em incubação natural, devemos verificar todos os dias se a fêmea os está tratando e alimentando. Caso não estejam sendo tratados podemos passá-los para uma ama-seca da mesma espécie, ou espécies diferentes, desde que seja comprovada sua atuação como mãe. Um bom exemplo são as fêmeas de manom. Podemos manter estes filhotes na forma manual, fornecendo alimento caseiro ou comercial, sempre balanceados, 5 a 6 vezes ao dia. O filhote criado artificialmente deve receber alimentação muito boa, caso contrário seu desenvolvimento será menor que aqueles criados pelos pais ou ama-seca. Todos estes cuidados devem ser previstos antes do início da reprodução, para que não haja falha durante o processo.
Quando um filhote deixa de ser alimentado, é jogado para fora do ninho, ou após a troca para ama-seca, pode se apresentar frio, desidratado, com hiportemia, e dificilmente pede comida. Filhote que não pede alimento, os pais deixam de tratar. O filhote ainda com os pais deve receber glicose no bico e soro (utilizar agulhas de insulina), até que se restabeleça a saúde, e peça alimento. Caso não esteja sendo tratado, devemos aquecê-lo em lâmpada ou bolsa de água quente, e alimentá-lo com soro e glicose inicialmente, passando para o alimento em forma de papa. Muito cuidado para não asfixiar o filhote com líquidos ou excesso de alimento de uma vez. Use colheres de tamanhos compatíveis com o pequeno bico do filhote.
As aves com 20 a 30 dias de vida não controlam a temperatura corpórea, pois o sistema termorregulador ainda estão em desenvolvimento. O empenamento nesta fase está quase totalmente formado, mas ainda auxilia pouco no aquecimento da ave. Todo este acompanhamento dos filhotes segue procedimentos básicos que devem ser esperados a qualquer momento, Estes procedimentos são definidos na dependência de cada problema. Algumas atuações de emergência realizadas nos filhotes são:
1. Hipotermia: Os filhotes tornam-se frios, com pequena ou nenhuma movimentação, com pouca reação ao estímulo de alimentação, respiração lenta, cabeça caída. Podemos utilizar diversas formas de aquecimento: lâmpadas de 15 a 40 w, tendo-se o cuidado de não deixar ao alcance das aves para não se queimarem por contacto. Gaiolas aquecidas, ou bolsa de água quente (a temperatura da bolsa ideal deve ser testada colocando em contacto com o dorso da mão de uma pessoa, sem sentir ardor); ou mesmo aquecedores podem ser usados. Procure manter a temperatura local entre 35 a 37 0 C. Caso a temperatura fique muito alta o filhote se afasta da fonte de aquecimento, e torna-se ofegante. Existem lâmpadas com vidro fosco para que o seu brilho não ofusque os olhos dos pequeninos, principalmente em aves que já nascem de olhos abertos, como o caso de galináceos, cracídeos e tinamídeos, e outros.
2. Desidratação: A ave desidratada mantém a pele seca e repuxada, a penugem seca em volume, respiração cansada. Soluções de soro por via oral poderão ser administradas com muito cuidado para não afogar o filhote. O soro caseiro ou soro comercial pode ser administrado no voluma adequado, sendo diluído diariamente, e fornecido a cada 1 ½ hora. O soro caseiro para aves deve ser feito na dose de 1 colher de café rasa de sal, 2 colheres de chá de açúcar em 1 copo de 200 ml de água filtrada. Os soros comerciais ideais são os recomendados.
3. Alimentação: Os filhotes geralmente necessitam de uma alimentação com níveis de 24% de proteína. As características dos alimentos devem ser: consistência macia, de fácil digestão, paladar apetitoso, geralmente encontradas em casas comerciais para animais são alimentos especializados para filhotes no ninho. As aves do tipo passeriformes pedem alimento várias vezes ao dia, na dependência da facilidade da digestão, da qualidade e da quantidade de alimento ingeridos em cada refeição. Algumas aves de porte maior, podem ser alimentadas através de tubo macio e flexível introduzido até o papo, cujo volume a ser administrado dependerá da espécie.

Teoricamente um filhote de ave que não se alimentasse por 6 horas ficaria muito mal. Na prática, aves deixadas com pais displicentes, tem sobrevivido após adotarmos todos os cuidados posteriormente de hidratação, aquecimento e alimentação. Na primeira semana a ave possui ainda a reserva do saco vitelínico, que o auxilia na sua nutrição até 7 dias.

Outro problema na alimentação de filhotes são as formas de administração. Devemos usar colheres com a concha adaptada para cada tamanho de ave, e o cabo longo adaptado à mão dos tratadores, de forma que não haja risco de escorregarem e serem engolidas, principalmente por araras, e tucanos. Aconselhamos que usem colheres de material descartável, ou resistente, que possam ficar de molho em solução de cloro após alimentar cada ave, ou cada ninhada. Usar várias colheres, pois terão um tempo para serem desinfetadas antes de serem reutilizadas, evitando-se assim a propagação de doenças transmitidas pela saliva. Prepare o alimento dos filhotes. Retire o volume utilizado para alimentar cada filhote ou ninhada e coloque em um copo pequeno, deixando o restante em repouso em local seco e fresco. Assim que terminar de alimentar esta ave, descarte a colher e o copo em solução de cloro, utilize uma nova dupla de utensílios par a outra ave ou ninhada. No mercado existem colheres plásticas pequeninas, usadas para mexer café. Podemos substituir este copo descartável, distribuindo pequeninas porções de alimento ao redor de um pires amplo, sem misturá-los.
CUIDADOS PEDIÁTRICOS
Uma ação que estimula a fêmea e/ou o macho a alimentar seu filhote são os piados que estes emitem até estar saciado pelo alimento. Quando o filhote não pede este alimento, podemos tirar algumas conclusões:
Imaturidade da fêmea como mãe;

Existe doença na fêmea ou no filhote;
Alguma deformidade física do filhote;
Ambiente estressante (ruídos, pessoas estranhas, animais estranhos, etc);

Falta do macho, que muitas vezes auxilia no trato;
Ninho errado, em forma, ventilação, luz, material para construção;
A fêmea tenta estimular o filhote, quando este não responde, ela simplesmente o elimina bicando ou jogando para fora do ninho. Ás vezes encontramos filhotes mortos amassados dentro do ninho, junto com os filhotes vivos, sem que com isto a fêmea fique incomodada.
Nestes casos de fraqueza do filhote devemos aquecê-los com uma bolsa de água quente coberta por uma toalha (teste a temperatura da bolsa no dorso da mão). Dê o medicamento diretamente no bico usando agulha de insulina. A, glicose a 25% é fornecida na dose de 2 gotas de 11/2 e 1 ½ hora, ou menor tempo. Quando tiver alguma reação, tentar devolvê-lo para o ninho. Fique alerta, pois caso a mãe rejeite novamente o filho, ela pode até matá-lo. Neste caso de rejeição podemos colocá-lo em uma ave ama-seca, ou da mesma espécie ou espécie diferente, que esteja em reprodução, com as características físicas desta época. Muitas vezes temos que ajudar a ama-seca ou a mãe nova a alimentar o filhote com papinha própria, cujos nutrientes são formulados para filhotes, o que consome muito tempo e trabalho.

Alguns casos em que os pais não tratam bem os filhotes, estes poderão permanecer nos ninhos, assim apenas auxiliamos a alimentação algumas vezes ao dia. Este método faz com que o filhote receba alimentos também dos pais, fornecendo anticorpos, e enzimas digestivas. Estes casos geram filhote mais fortes do que aqueles criados apenas artificialmente. No Caso do filhote já ter saído do ninho, mas não se alimentar direito, separe a gaiola, coloque poleiros próximos da divisória dos dois lados e observe, os pais continuam tratando os filhotes, mas sem que estes invadam seu espaço.

O filhote somente alimentado artificialmente deve permanecer em local ou gaiola aquecidos, por duas lâmpadas de 40W de feixe fosco, mantendo 370C, e tomando-se o cuidado para não ter chance de encostar na lâmpada. Esta tarefa ocupa muito tempo e dedicação. Dependendo da espécie terá de ser alimentado de 2 a 4 horas por dia. Quando as aves são muito jovens, este período deve ser reduzido de 1 em 1 hora e as temperaturas deverão ser de 32-350C. No caso de beija-flores o período de alimentação pode chegar até 30 em 30 minutos. O alimento deve ser servido sempre morno.
Enquanto o filhote come devemos limpar o alimento que gruda na apenas antes que resseque. Limpar a região da boca do filhote com cotonetes, para não acumular e fermentar esta comida até a próxima refeição.
O alimento próprio para filhotes, pode ser encontrado em grandes magazines de alimentos para animais, ou então preparado em casa. Fazer uma farinha com a mistura de: 60% de milharina (farinha de milho p’re cozida e fina), 30% de Neston (produto floculado com cereais: aveia, cevada e trigo, adoçado), 10% de leite em pó.

Esta farinha pode ser armazenada, sempre em local fresco e seco. Na hora de preparar o alimento, misture:

3 colheres de farinhada, 1 gema cozida, papinha de frutas ou vitamina de frutas até dar a consistência boa para cada filhote.
Acrescente 1 gota de suplementos vitamínicos (Protovit infantil) 3 vezes por semana, 1 ou 2 gotas de Calcigenol por dia.
Fazer o alimento todos os dias na primeira refeição e guardar em geladeira. Após a mistura com frutas e ovos, este alimento não pode ser armazenado em geladeira por mais de 18 horas.
Quanto às doenças, são muito variadas nesta fase da vida. Alguns criadores utilizam antibióticos e antifúngicos para prevenir. Nós não recomendamos, pois desde que os pais tenham recebido manejo e alimentação adequados, imunizados e controlados para doenças e parasitas, os filhotes continuarem recebendo cuidados especiais, este não precisará de medicamentos para viver. Todo criador que mantém estas normas básicas de criação e manejo, não utiliza antibióticos nesta fase de filhotes. Os órgãos das aves estão em maturação e podemos afetá-los irremediavelmente, principalmente no que diz respeito à reprodução futura. O ideal é procurar orientação ao sinal de qualquer sintoma anormal, que pode ser digestão difícil, diarréia, perda de apetite, sonolência, etc.

26 de jun. de 2012

RECEITAS DE FARINHADAS PARA CANÁRIOS

Farinhada "A" (ração básica)

Aconselhamos que o criador procure em sua região, criadores que já aplicam as farinhadas aos seus canários, para obter informações sobre a quantidade de cada produto, pois o clima é diferente em certas parte do país.

500 gr. farinha de rosca
200 gr. farinha de milho branco
120 gr. Aveia em pó
100 gr. Neston
050 gr. Gerval em pó
001 gr. de Sal

FARINHADA "B"
500 gr, de germe de trigo
500 gr. Farelo de trigo
200 gr. Aveia em pó
200 gr, Fubá (branco)
002 Colheres de sopa de mel
002 gr, de sal
FARINHADA "C'
500 gr. Biscoitos CremCrack
400 gr. Aveia instantanea Quaker
1000 gr Fubá granja granfino
500 gr. Neston 400 gr. Gerval em pó (baunilha)
1000 gr. Farinha Lactea Nestlé
100 gr. Farinha Centeio
100 gr. Farinha trigo integral
1 vidro de "cálcio" "D Rodoxor"
4 gr. sal

FARINHADA "D"
500 gr. Farinha de rosca
100 gr. Farinha de milho branco
100 gr. Farinha de trigo
150 gr de colza
100 gr. Níger
FARINHADA "E"
500 gr. Farinha de rosca
100 gr. Farinha de aveia
2(duas) colheres de sopa de germedetrigotorrado
2(duas) colheres de sopa de neston ou farinha láctea
1 (uma) colher de chá de erva doce

FARINHADA "F"
2 kg Farinha de rosca
1kg Sêmola de milho
250 gr Germe de trigo torrado
1 colher dechá Vitamina E em pó.
1 colher de sobremesa rasa Acetil Metionina.
3 colheres de sopa Dextrol ou Glicose em pó
1 colher de café TM 3+3
Para as fórmulas de farinhada acima pode se aplicar para cada 1 quilo de farinhada 30 gr. de premix.
Somente nesta farinhada "D", acrescentar um copo americano de arroz cozido (sem tempero) e passado na peneira, adicIona-se este arroz a 3 colheres de sopa da farinhada, se o criador quiser pode-se acrescentar uma gema de ovo cozida e passada na peneira.
Alguns criadores afirmam se administrarmos apenas a gema do ovo cozido diminui a escamação nos pés das aves.

Uma mistura de 2 colheres de farinhada para um ovo cozido, em média alimentamos 6 casais.
NOTA: As farinhadas devem ser administradas aos pássaros juntamente com: Para cada ovo cozido passado na peneira ou processado em mix, junta-se 3 colheres de sopa da farinhada. Dois meses que antecede a época de criação é aconselhavel colocar 3 gotas de óleo de fígado de Bacalhau ), para cada ovo a ser misturado a farinhada. E em plena criação colocar 15 gotas de Complexo B (da Roche) para cada ovo.

25 de jun. de 2012

O ESTIGMA DA GAIOLA


Os valorosos esforços das ONG'S (Organizações não Governamentais) juntamente com a mídia falada e escrita, em defesa dos nossos animais silvestres e do nosso meio ambiente, levou na última década a milhões de brasileiros, através dos televisores, revistas, rádios e jornais reportagens investigativas sobre caças predatórias, comércio ilegais de animais, uso indevido e inadequado dos recursos do meio ambiente, mostrando ao país e ao mundo a destruição de nossa fauna e flora, produtos da prática de atos ilegais de contrabandistas e traficantes de animais, resultando na extinção de várias espécies de animais silvestres brasileiros.
Os resultados alcançados foram extremamente positivos, despertando na população em geral uma importante consciência ecológica. Essa consciência ecológica mobilizou, também o meio político e o poder legislativo. Foram criadas severas leis e editadas portarias regulamentadoras protegendo nossos animais.

Por outro lado, esse enfoque de forma generalizada produziu um efeito indesejável para a ornitologia nacional, na medida que produziu na população uma aversão a jaulas e gaiolas, criando um verdadeiro estigma. Criadores de aves, ornitófilos e ornitologistas, se viram confundidos com pessoas que praticam atos prejudiciais e ilegais à sociedade. Essas pessoas, verdadeiros estudiosos das aves, já prestaram e ainda prestam enormes serviços à preservação e perpetuação desses maravilhosos animais, com seus trabalhos conseguiram reproduzir em cativeiro grande números de espécies silvestres antes resistentes à reprodução fora de seu habitat, eliminando o risco de extinção de inúmeras espécies.

O estigma da Gaiola que hoje está presente na nossa sociedade vem inviabilizando a prática de criadores e ornitólogos, já que atinge o lado financeiro dessa atividade. O sustentáculo da ornitologia, em um país em desenvolvimento como o Brasil, se origina na venda de matrizes entre criadores e de exemplares ofertados nas exposições de vendas patrocinadas pelos clubes ornitológicos, abertas ao público em geral. Dado ao atual quadro de desinteresse, resultado do "estigma da gaiola" essas exposições vem apresentando fraco desempenho em termos de freqüentadores, já que não são divulgadas pela mídia, devido ao receio de serem taxadas de apoiadoras de atos contra os animais. As agências de propaganda, canais de TV'S, jornais, revistas, emissoras de rádios, etc, com raras exceções, relutam em abraçar e divulgar as atividades ligadas aos clubes ornitológicos, só o fazem através de matéria paga, dessa forma ficando sem responsabilidades pela veiculação. Fica mais cômodo para esses órgãos de imprensa ficarem omissos na divulgação espontânea, não correndo o risco de serem questionados.

É nesse contexto que venho conclamar uma cruzada contra esse preconceito, com a união das ONG'S e da mídia para separar o "joio do trigo " colocando criadores e ornitólogos de um lado e contrabandistas e pessoas que se aproveitam dos animais para prática de atos ilegais, do outro.. Hoje temos leis fortes e modernas que coíbem as práticas prejudiciais a nossa fauna e flora, devemos usá-las e ajudar as autoridades a exercer o rigor da lei.

Como já é sabido, a criação em cativeiro é fundamental na preservação das espécies funcionando como um verdadeiro seguro, mantendo um banco genético preservado e seguro a disposição do homem para eventuais necessidades de reposição no seu habitat natural. As pesquisas e práticas de manejos são de fundamental importância para o sucesso da criação, tivemos enormes avanços neste campo, mas temos muitos desafios a vencer.

Somente com um grande trabalho de todos (sociedade, criadores, clubes ornitológicos, autoridades, mídia, etc.) conseguiremos resgatar o verdadeiro valor das atividades ligadas à criação e preservação de nossos animais, e em especial as nossas aves e vencer esse estigma da gaiola que tanto vem prejudicando o desenvolvimento das atividades ornitológicas no Brasil.

Silvano Pereira Ferraz

CAUSA DE MORTES NOS FILHOTES DE CANÁRIOS

Luiz Pirez Ovar
Revista Pássaros Ano 7-nro 33/2002
Arquivo editado em 25 Maio 2003


Quando os filhotes morrem até ao terceiro dia, normalmente é porque os pais não os alimentam suficientemente bem, e vão enfraquecendo,acabando por morrer nos três primeiros dias.
Daí ser sempre conveniente, no mínimo, observar de manhã, por volta das 8 horas se já têm o papo cheio, se não teremos que lhes dar a comida. Também é conveniente verificar por volta das 12 ou 13 horas, idem, depois pelo menos à noite, antes cerca de uma hora das luzes se apagarem, ou no caso de ser iluminação natural, antes do anoitecer, que é para eles não passarem a noite toda sem nada no papo. Quando os pais não os alimentam, deveremos dar papas de 2 a 3 horas de intervalo no máximo, nos primeiros cinco dias. É que normalmente após uns dias de termos colaborado na alimentação dos filhotes, entretanto estes já ganharam força suficiente para pedirem a comida aos pais, passando estes a alimenta-los convenientemente. Também, será oportuno lembrar que nesta altura a iluminação deverá ter a duração pelo menos de 15 horas, das 6:30h da manhã, as 21:30 horas da noite.
Existem no mercado especializado, papas próprias para a cria à mão, por palito ou através de seringa, devendo no entanto escolher-se a mais adequada ao tipo de raças que estamos a criar.
A título de exemplo lembro que o valor protéico das papa terá que variar conforme os tamanhos das raças, assim dou alguns exemplos, raças de pequeno porte, como: os Canários de cor, Glosters, fife-Fancy e Lizards, necessitam até ao trinta dias de papas (quer de cria à mão, quer de comedouro), com um valor protéico bruto de aproximadamente 26%. Para canários de médio porte, como: Border, Norwich e Frizado do Sul, cerca de 29%, para grande porte, como: Crest, Yorkshire, Frizado do Norte e Pduano, cerca de 32%, e para raças gigantes, como o: Lancashire e Frizado Parisiense, 38% de proteína bruta. É claro que não encontrará papas no mercado com todas as características, pois ficam muito mais caras, devo dizer que a papa que eu utilizo para os meus Parisienses, deverá juntar à papa de cria à mão Proteínas vegetal e animal, ou seja, por exemplo de soja e lactoalbumina, que contém todos os aminoácidos necessários ao desenvolvimento, devendo ser equilibrada em 45% de proteína vegetal: 55% de proteína animal, acompanhadas de fosfato bicalcico, para um melhor desenvolvimento ósseo.
Nesta altura a Gordura bruta deverá ter um valor máximo de 8%, os minerais que na vida normal são de 3%, nesta altura terão de triplicar, as fibras e cinzas na ordem dos 3%. É conveniente entre a mistura que se fornece a os papas, os Hidratos de Carbono andarem pelos 58 a 60%, o que quer dizer que não se deve fornecer muita aveia juntamente com o alpiste, pois torna-se muito indigesta.
A ambas as papas deveremos juntar um Probiótico à base de lactobacilos, para reposição constante de flora intestinal, e um antibiótico leve, próprio para crias, para prevenção de doenças intestinais. A papa de cria à mão normalmente só é utilizada durante os primeiros 8 a 10 dias, pois a partir dessa altura não a aceitam mais, daí, na papa que se coloca no comedouro para os pais a fornecerem aos filhotes, deverá continuar a possuir as qualidades protéicas e todas as outras acima referidas, pelo menos nos primeiros 30 dias de vida.
Se morrerem após o quinto ou sexto dia, é bem mais grave, pois se passam os 3 primeiros dias, não se trata de falta de alimentação, mas sim de doença, pois, muito embora eles possam morrer em estado de eventual magreza, deve-se ao fato de estarem doentes e os pais ao constatarem isso, na maioria dos casos acabam por lhes deixar de dar comer.
Normalmente a doença que aparecer entre quinto e o décimo segundo dia é a Colibacilose, originada pela bactéria Ech.Coli, que é a que mais mata no ninho, a par eventualmente da Proventiculite.

Se os pais estão aparentemente bem, é Colibacilose. Se os pais estão um pouco abatidos, a ficar gradualmente magros, é bem pior, é Proventriculite, e esta doença praticamente não tem cura.

Vamos começar pela hipótese da Colibacilose; A colibacilose normalmente tem duas vertentes que atacam ao mesmo tempo, que é a de via intestinal e a de via respiratória, daí há necessidade de efetuar um tratamento, 5 dias antes da previsível postura (este tratamento põe-os imunes durante 15 dias a 3 semanas), com um antibiótico que possua a capacidade de prevenir a Colibacilose, Coccidiose, Salmonelose e Micoplasma, que normalmente será necessários associar-se dois antibióticos, que sejam compatíveis, administrar pelos menos 5 dias, sempre com complexo vitamínico-mineral-aminoácido.
Tal como outros grandes criadores nacionais e estrangeiros, eu não aconselho dar legumes na época das criações, pelo menos nos primeiros dias pois embora sejam muito apetecíveis, são a causa da origem da salmoneloses e colibaciloses, já que ou estão mal lavados, ou demasiado indigestos, face à fermentação, para além de nos canários de porte ser um fator de fraco desenvolvimento. Eu próprio não dou legumes aos meus canários há três anos, e tenho casais a criar desde 1995, que nunca estiveram doentes. Claro que, os legumes são ricos em minerais e sódio, que tudo isto é facilmente substituível com um complexo multimineral (eu utilizo um à base de extratos de algas). O sódio resolveremos com uma colher de sopa de sal de cozinha, por cada quilo de papa. O sódio é importante porque evita o picacismo e canibalismo. Quanto à fruta, nesta altura não dar mais que um pouco de maçã e ou cenoura cortada e não ralada, pois a cenoura ralada azeda e fermenta de imediato, uma vez por semana.
Dar menos sementes negras (gordas) e mais papas, devendo 15 dias antes das criações dar dia sim dia não, dar todos os dias durante a época da postura, parar na incubação e recomeçar a dar 2 dias antes do filhotes nascerem, a partir daí dar todos os dias até à sua separação, entretanto os pais no novo ciclo da incubação, continuando os filhotes com papa diária até os 45 dias, retomando depois uma alimentação normal.
Se a papa é de molhar, nunca deve ficar de um dia para o outro, e se a umidade da papa é grande, e a umidade ambiente é mais de 60%, deverá estar disponível para os canários no máximo 2 horas.
À noite convém deixar a chamada papa úmida (de ovo), e para a enriquecer um pouco, deverá juntar-se lhe papa úmida de insectívoros, pois tem mais proteína.

18 de jun. de 2012

TRATE SEUS CANÁRIOS COM PRODUTOS NATURAIS

Nada melhor que tratar suas aves com produtos naturais, a natureza é o melhor caminho pra tudo, alem de serem naturais os produtos não agridem tanto suas aves e podem funcionar como preventivos e suplementos dispensando assim os produtos industrializados. Abaixo vou citar alguns produtos utilizados por vários criadores de todo o mundo para manterem seus planteis sadios e sem abusar de produtos muito fortes nas suas aves.

CHÁ DE BOLDO: (pneumus boldus), folhas.
Planta medicinal oriunda do Chile. Os índios dos Andes sempre utilizaram como digestivo e como laxante. Esta planta tem sido tradicionalmente associada a uma benéfica ação como hepático e da vesícula biliar.

Modo de usar: uso este chá para a prevenção do famoso ponto negro (proventiculite), e para limpar e auxiliar o fígado das aves.


CHÁ DE CARQUEIJA: (pteurospartum tridentatum), flor.
O conhecimento empírico adquirido ao longo dos tempos tem permitido associar a esta planta uma benéfica ação no aparelho respiratório, nomeadamente no alivio da tosse (catarro) e como estimulante da vesícula biliar.

Modo de usar: uso este chá para prevenção dos problemas respiratórios.

O MEL E A PRÓPOLIS:(própolis sem Álcool).

Antibiótico natural. A utilização da própolis e do mel tem ação: antimicrobiana, antifúngica, antivirotica, antiprotozoário, bactericida e bacteriostatica, anestésica, antiflamatoria, antioxidante, estimulante sexual, cicatrizante, estimulador do sistema imunológico entre outros.

Maneiras de usar: Há varias maneiras de usar, eu utilizo o mel na farinhada uma vez por semana. E a própolis uma vez por mês, uma ou duas gotas em 40ml de água.

TANCHAGEM: folhas e sementes.
A tanchagem detém qualidades adstringentes, depurativas, cicatrizantes,
expectorantes e hemostáticas, afecções respiratórias, diarréia, desinteira e
inflamações crônicas, antibacterianas e dizem ser um ótimo preventivo

contra “peito seco”.

Maneiras de usar: uma folha a cada 15 dias ou chá. Sementes quando estão maduras também são excelentes.

PEPINO:
Rico em fibras, vitamina C, folato, silícia e flúor, auxilia o fígado e o sistema digestivo como um todo, auxilia no canto e principalmente ajuda na muda de penas.

Maneira de usar: na época da muda de penas uma vez por semana e após a cada 15 dias.

BABOSA: Aloe Vera.
O Aloe vera é uma planta utilizada para diversos fins medicinais há muitos anos. Geralmente é utilizada para problemas relacionados com a pele (acne, queimaduras, psoríase, hanseníase, etc). Pesquisadores encontraram relatos do uso desta planta entre civilizações antigas como os egípcios, gregos, chineses, macedônios, japoneses e mesmo citações na Bíblia deixam claro que era comum o uso desta planta na antiguidade.
É um poderoso regenerador e antioxidante natural. A esta planta são reconhecidas propriedades
antibacteriana, cicatrizante, capacidade de re-hidratar o tecido capilar ou dérmico danificado por uma queimadura, entre outras.
Nos canários é usada nos pés para pequenos machucados e escamas.

Maneira de usar: pegar um pedaço de babosa e passar nos pés dos canários fazendo uma leve massagem. Recomenda-se o uso por sete dias.

ALHO: São muitos os benefícios.
As aplicações do alho regra geral são as seguintes:
Antibiótica, Antiinflamatória, Antimicrobiana, Antiasmática,
Antioxidante, Anticancerígeno, Protetor cardiovascular entre tantos outros.
Seu uso em canários e aves em geral é muito difundido e utilizado principalmente
na Europa.

Maneira de usar: Há varias modos de usar, cada criador tem uma maneira diferente e proporção já fixada em seus planteis. Pode ser usado na água, in-natura, frito, granulado, etc... Eu utilizo granulado ou in-natura misturado com a farinhada na proporção de 5% para cada kilo.
Amigos não deixem de usar este maravilhoso antibiótico natural.

SALSA:
Rica em vitaminas A, C, D, B1 e B2, ferro, cálcio, potássio e sódio.
Tem ação diurética. Ajuda na eliminação de ácido úrico.
É ainda utilizada para facilitar a digestão.
Por ser alcalina é considerada purificadora do sangue.
Nas aves ajuda na respiração, visão e na carência de vitamina A.

Maneira de usar: Triturar e servir com a farinhada.

VINAGRE DE SIDRA(MAÇÃ):
O vinagre de sidra é um produto muito fácil de encontrar, qualquer supermercado, mercearia. E um produto natural. Muitas pessoas utilizam no tempero de saladas e outros alimentados. Quanto à parte ornitológica. O vinagre de sidra faz o mesmo efeito que a colina. Este conte uma substancia a qual se da o nome de “coilina”. Já se sabe que os problemas hepáticos nas aves muitas vezes são provocados por excesso de gordura no fígado, a alteração da flora intestinal (parte que protege o estômago) normal, causa freqüentemente infecções intestinais.
Quanto aos benefícios para as aves são vários. Quando as aves estão demasiado gordas por norma costuma se comprar “colina” e fazer-se uma dieta de sementes. Quase todas as sementes são ricas em gordura claro que não são todas as sementes, mas muitas são. As sementes ditas sementes pretas (nabo, níger, entre outras) são muito ricas em gordura. As aves mais gulosas se não se tiver algum cuidado acabaram por dar problemas. A ave deixa de comer todas as sementes e começa por fazer uma alimentação pouco adequada comendo só um ou dois tipos de alimentos, por norma sementes pretas.
A utilização do vinagre de sidra durante alguns períodos do ano vai resolver muitos desses problemas. O vinagre de sidra contem uma substancia “coilina” que é de grande consistência quando ingerida pelas aves e se fixa nas paredes musculares internas do estômago da ave protegendo o e fazendo que este fique mais forte. Assim pode facilitar na digestão e eliminação das gorduras. Isso pode conseguir-se com a administração de vinagre de sidra.

PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DO VINAGRE DE MAÇA
Há no vinagre de maçã natural mais de trinta elementos nutritivos fundamentais, mais de uma dúzia de sais minerais e enzimas essenciais e complexos multivitaminicos.

Igualmente, encontra-se ferro, vitamina B12, ácido fólico ( bom no combate da anemia ) e elementos antioxidantes, combatem os radicais livres que produzem a decrepitude do corpo. Possui qualidades anti-sépticas (mata os micróbios infecciosos) e antibióticas ( contem bactérias inimigas dos microorganismos deletérios).
O vinagre de maçã natural é rico em sais minerais, entre os quais o acido málico, que entre outras funções, faz parte do chamado "ciclo de krebs", que sintetiza um conjunto de reações bioquímicas responsáveis pela produção de energia no interior das células.Ele ajuda também na absorção dos nutrientes e, ao mesmo tempo, combate bactérias do aparelho digestivo; evita a obstipação, pois o vinagre natural de maçã ajuda na eliminação de substancias tóxicas, ingeridas por má alimentação, que se alojam no intestino e fígado. Temos também a pectina que auxilia nos processos digestivos, reduzindo extraordinariamente o colesterol e outras gorduras densas.
O vinagre de maçã natural é altamente diurético, ajuda na eliminação do excesso de líquidos.
Possui qualidade antioxidantes, antiinflamatória e antibióticas excelentes. O vinagre de maçã natural controla o equilíbrio do pH do sangue e da pele.
Uma das razões da vitalidade do vinagre de maçã é que ele associa minerais ao potássio: fósforo, cloro, sódio, magnésio, cálcio, enxofre, ferro, flúor, silício e traços de diversos outros. Alguns cientistas como o médico Pires Van Koek atribuem ao vinagre de maçã natural qualidades medicinais miraculosas para a saúde.


Maneira de usar: Diluir uma colher cheia de sopa (10ml) por cada litro de água. Repetir esta operação duas vezes por semana, nos outros dias água normal.


COENTRO:
O coentro é uma excelente fonte de fibras dietéticas, ferro, magnésio e manganês.
As sementes de coentro funcionam como um estimulante para o estômago e o intestino, e principalmente o fígado das aves. O coentro é rico em vitamina A.
Maneira de usar: Para limpeza do fígado e prevenção coloque um punhado de semente de coentro lavada em um litro de água fervente. Deixe esfriar e sirva nos bebedouros por sete dias.

PICÃO: Bidens pilosa.
Espécie encontrada em todas as regiões tropicais e subtropicais, comumente invasora em cultivos. Considerada um inço entre hortaliças. Suas sementes se agarram, se você passar por entre pés de picão.
Indicação: Chá de Picão: anti-séptico, catarros, hepatite, infecções do estômago e rins, intoxicação alimentar, pâncreas, para o fígado das aves, é também um vermífugo natural.

Maneira de usar: Coloque 3 colheres de sopa de erva para um litro de água, ou se você tiver in-natura, mais ou menos uma xícara de cafezinho da planta picada para ½ litro de água. Quando a água alcançar fervura, desligue e espere esfriar. Forneça nos bebedouros por sete dias.
*Banhos de picão-preto são ótimos para aliviar irritações provocadas por picadas de insetos. Basta preparar um chá bem forte, deixar esfriar e banhar o local afetado. Se tiver folhas frescas também pode macerar com água e lavar a área afetada por três dias.



ERVA-DE-SANTA MARIA: ( MENTRUZ ).
Herbácea de raízes oblongas, brancas e com interior amarelo de folhas lanceoladas, pequenas e dentadas. Suas flores são pequenas e brancas, ou esverdeadas. Seus frutos são secos, pequenos e possuem numerosas sementes negras. É também conhecida como Mastruço, ambrósia, anserina, chá-do-méxico, mastruz, matruz, menstruz, mentraz, quenopódio e erva-formigueira.
Indicação: Vermífugo, laxativo, circulação, contusão, hemorragia interna.

Para aves é usado como vermífugo.
Maneira de usar: Coloque 2 colheres de sopa de erva para um litro de água, quando a água alcançar fervura, desligue e deixe esfriar. Fornecer em bebedouros por três dias.


CONFREY: Symphytum officinale
Originário da Europa e Ásia, o Confrey, Symphytum officinale L., é uma planta herbácea e perene que se concentra em uma pequena touceira; pode atingir até 90 cm de altura.
Indicação: contusão, deslocamentos, dores, cortes, feridas, fissuras, fraturas, furúnculos, luxações, pele (erupções, inflamações, irritações, tecidos necrosados, manchas, irritações), queimaduras, picadas de insetos.

Maneira de usar: Só deve de ser utilizada em compressas e lavagem. O chá é prejudicial, podendo causar intoxicação.


PITANGA: Eugenia uniflora
A pitangueira é conhecida como Eugenia uniflora, L, Dicotyledonae, Mirtaceae. O fruto, por ser vermelho escuro (pitangueira vermelha), era conhecido pelos índios tupi-guaranis pelo nome de Pitanga. A pitangueira é uma pequena árvore que nas regiões subtropicais alcança de 2m a 4m de altura, mas, vegetando sob ótimas condições de clima e de solo, alcança alturas acima de 6m, quando adulta. As folhas pequenas e verde-escuras, quando formadas, exalam aroma forte e característico.
Indicação: Chá de Pitanga. Afecções do fígado e auxilia no sistema respiratório.

Maneira de usar: Coloque 3 colheres de sopa de erva ou uma xícara de cafezinho de folhas in-natura para um litro de água, quando a água alcançar fervura, desligue e deixe esfriar. Sirva nos bebedouros por sete dias ou a cada 15 dias como preventivo.



ESPINHEIRA-SANTA: Maytenus spp.
A Espinheira-santa ganhou esse nome justamente pela aparência de suas folhas, que apresentam espinhos nas margens e por ser um "santo remédio" para tratar vários problemas. Na medicina popular, é famosa no combate à úlcera e a outros problemas estomacais. Ao que parece, a fama é merecida: na Universidade Estadual de Campinas (SP), farmacologistas analisaram a planta em ratos com úlcera e, segundo os pesquisadores, "nos que tomaram o seu extrato, o tamanho da lesão diminuiu muito rapidamente e, em comparação com os remédios convencionais, a Espinheira-santa provoca menos efeitos nocivos".
Indicação: Chá de Espinheira-santa, uso interno (sistema digestivo em geral e principalmente o figado). Uso externo (Compressas): para banhar áreas com feridas ou picadas de insetos.


Maneira de usar: Colocar em infusão, em um litro de água fervente, 2 colheres de sopa da erva, e deixar levantar fervura, desligar o fogo e deixar esfriar. Servir nos bebedouros por sete dias ou a cada 15 dias como preventivo.


CAMOMILA: Matricaria recutita.
A origem da Camomila, mais provável, é a Europa, onde é muito comum nos jardins públicos. Surpreende por suas utilidades: além de ornamental, produz um chá calmante e digestivo, suaviza a pele e embeleza os cabelos. As partes mais usadas são as flores e as folhas. Trata-se de uma das ervas mais antigas que a humanidade já utilizou. O intenso aroma despertou o interesse pela planta e antigos pesquisadores, atraídos pelo doce perfume, acabaram por descobrir várias das propriedades que a tornaram tão famosa. Os antigos egípcios tratavam uma doença semelhante à malária com o chá de suas flores.
Indicação: O chá de Camomila é indicado para sistema digestivo, estresse, diarréia e para o fígado das aves


Maneira de usar: Em um litro de água fervente, coloque 1 colher de sopa de camomila e deixe levantar fervura, desligue o fogo e espere esfriar. Sirva nos bebedouros por quatro dias ou como preventivo a cada 15 dias.

VARIAS PLANTAS PARA O FÍGADO

Há varias plantas e ervas que auxiliam o funcionamento do fígado e suas debilidades, então deixo esta lista abaixo para que vocês possam pesquisar sobre cada uma delas:
Óleo de Alho, óleo de germe de trigo, abacateiro, Alcachofra, amor-do-campo, abacaxi, açafrão, agrião, alfazema, almeirão, alecrim, algas, ananás, angélica, anis, artemísia, arruda, babosa, bardana, bálsamo-do-líbano ou figatil, beijo-de-moça, bucha-paulista ou esfregão, beldroega, Boldo-do-chile, cáscara-sagrada, castanha-mineira, chá-mineiro, chapéu-de-couro, camará, cardo-santo, carqueja, coerana , chicória (raiz), celidônia, conduranga, dente-de-leão, erva-da-míngua, erva-tostão, espinheiro, fedegoso, feuillea, gervão-roxo, juá-de-capote, jurubeba, karatoa, mulungu, quitoco, sensitiva, uva-do-mato, espinho-maricá, juá (raiz), losna, mil-em-rama, pariparoba , pau-amargo, pau-para-tudo, pita,salsa, sapé, vinagreira, entre outros.

Se a sua ave já esta acometida com problemas do fígado, há também uma fruta muito comumente achada aqui no Brasil. Dizem os pesquisadores que ela ajuda na regenerarão das áreas afetadas do fígado.
Vale a pena conferir e testar, pois mal não há de fazer. Trata-se da ACEROLA.

ACEROLA: Malpighia glabra L.
Outros nomes populares da Acerola Malpighia glabra: cereja-das-Antilhas, cereja-de-barbados, acerola (inglês), cereza de Antilles (espanhol), cerise d'Antilles (francês), ciliegia di Antilles (italiano), acerola (alemão), Antilles cherry, Barbados cherry, cereso, cerezo, escobillo, health tree, huesito, Puerto Rican cherry, West Indian cherry.

Constituintes químicos da Acerola Malpighia glabra: ácido ascórbico (2-4%); ácido l-málico; ácido pantotênico; betacaroteno; carboidratos; caroteno; dextrose; frutose; hesperidina e outros bioflavonóides); limoneno; mucilagem; niacina; proteínas 4 g%, pró-vitamina A; riboflavina; rutina, sais minerais (ferro, cálcio 12 mg %, flúor 11 mg%, fósforo, magnésio, potássio, sódio); sucrose; tiamina; vitamina B6; Vitamina C (1-5 g/100 ml).
Algumas propriedades medicinais da Acerola Malpighia glabra: adstringente, antianêmica, antidiarréica, auxilia a regenerar o figado, antifungal, antiinflamatória, cicatrizante, mineralizante, nutritiva, vitaminizante entre outros.

Maneira de usar: in-natura, fornecer o fruto para as aves consumir. Por vezes há recusa das aves em consumir, por este motivo deve ser introduzido aos poucos na dieta alimentar do plantel. Pode também ser triturada e misturada a farinhada para melhor introdução na dieta de seu passaro. Outra forma de usar é fazer como se fosse um suco e colocar nos bebedouros, mas este método tem que ser assistido, pois após duas horas ela perdera seus poderes nutritivos. Eu não aconselho este ultimo método citado.
Como podem ver esta pequena frutinha é rica em benefícios para suas aves e vale a pena tentar introduzir na dieta do plantel, mesmo que seja somente na época de safra.


Lembro a todos que leram este artigo que nada é “milagroso”. As plantas, frutas, legumes, ervas, etc... Acima citados todos têm seus benefícios e poderes curativos, mas às vezes o problema já esta por deveras adiantado e a solução não será alcançada.
Tudo o que foi citado acima deve ser introduzido no plantel aos poucos e sem pressa. Se você tiver receio de usar algo que foi citado, não use, ou use a metade da receita que é citada. Falo isso porque muitas vezes temos medo de introduzir coisas novas no nosso plantel, mas como o propósito do artigo é a forma natural de tratamento, vale a pena tentar introduzir o que você achar conveniente ao seu plantel. Tenho certeza que há mais benefícios do que perdas.
Tentei colocar ao Maximo itens que são facilmente achados no Brasil e alguns deixei de fora por serem muito difíceis de achar.
Espero que tenham gostado e boa sorte com suas aves.

Bento formigari
Sócio SICO153